Folha Espírita São-Joanense

Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2000 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8814-4774 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br


Este ano de 2011 marca, além da publicação de “O Livro dos Médiuns”, trabalho de Allan Kardec que aprofundou o tema da Mediunidade, a passagem de um fato que chocou a opinião pública européia, mais especificamente a francesa e a espanhola.
Ocorreu que um livreiro de Barcelona encomendara de Kardec 300 volumes das obras Espíritas já publicadas até então, principalmente “O Livro dos Espíritos” e “O que é o Espiritismo”. O Codificador encaminhou o pedido partindo de Paris para Barcelona, com todos os impostos e taxas devidamente pagos. Chegando ao destino, as obras foram interditadas pelo bispo da cidade, que não admitia em seu reduto as obras “revolucionárias” do Espiritismo. (Realmente, elas revolucionam a nossa mente e nos fazem vislumbrar o que é a vida, de onde viemos e para onde vamos após a passagem pela Terra).
O bispo, numa atitude totalmente autoritária e despótica, mandou que se lavrasse um auto-de-fé, no melhor estilo da velha Inquisição (período de terríveis perseguições e “caça às bruxas” – leia-se médiuns em geral). Ato contínuo, determinou que fossem todos os 300 volumes reunidos em praça pública e literalmente queimados à vista da população.
Com certeza, as pessoas não entenderam o inusitado daquela atitude, mas – por outro lado – ficaram imensamente curiosas por conhecer o que continham aqueles escritos que não podiam ser mostrados à população barcelonesa.
Conta-se que muitos, após o encerramento do ato, buscaram recolher entre as cinzas alguma página que tenha ficado livre do fogo, a fim de ler algo sobre aquele “perigo” que era o Espiritismo e sua doutrina.
Dessa forma, mesmo sem o querer, aquele bispo intolerante (que mais tarde reencarnaria próximo de Chico Xavier) acabou servindo como divulgador da Doutrina Espírita, pois aguçou a curiosidade da população de Barcelona para conhecer o trabalho iluminado de Allan Kardec. Até os dias de hoje, os espanhóis são muito simpáticos ao conhecimento Espírita.
Felizmente, nos dias atuais não mais têm lugar essas atitudes ditatoriais por parte dos representantes da Igreja de Roma. No Brasil, após um período de perseguições (de final do século XIX a meados do XX), o Espiritismo pôde se desenvolver livremente, com Centros Espíritas espalhados por todo o território nacional, estudando e divulgando os sábios conselhos recebidos por Kardec em seu contato com a Espiritualidade Superior.
Lembramos que todo Espírita deve ser, antes de tudo, um questionador e um estudioso dos fenômenos naturais. Se Jesus é a porta para a vida futura (no Mundo Espiritual), Kardec é, sem dúvida, a chave que nos abrirá o caminho para essa realidade além da vida física. Nós todos somos imortais enquanto Espíritos.   
O VENDEDOR DE BALÕES

Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar. O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu produto e defender o pão de cada dia.Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda.Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção. Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se lentamente pelos ares.
Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de cor branca. Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não soltava. Aproximou-se meio sem jeito e perguntou: Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor sorriu,  como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava no ar, disse-lhe: Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
O menino sorriu, agradeceu ao vendedor e saiu saltitando alegremente. O que está no nosso interior é o que nos faz “subir” aos elevados cimos da evolução espiritual. A cor, a religião e a posição social são meros detalhes. Portanto, sejamos mais fraternos...

PROGRAMA DE RÁDIO – Todos os domingos você pode ouvir, de 8h25 às 9h, o programa “Em busca da Serenidade” na Rádio São João. Quatro grupos Espíritas se revezam na apresentação. Confira: você vai gostar. Todo domingo, às 8h25min, na Rádio São João.

          ESPIRITISMO PELA INTERNET: Você pode conhecer a Doutrina Espírita via internet. Há muitas páginas sobre o assunto na grande rede. Sugerimos os seguintes sítios:
                   www.tvmundomaior.com.br
                        www.espirito.org.br
O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Seguimos com as perguntas, respostas e comentários de Allan Kardec nessa obra que é a base fundamental do Espiritismo. (Grifos e textos entre parênteses são comentários nossos). 
Terminada a questão 158 no último número, vamos à Questão 159: Que sensação experimenta a alma (ou espírito) no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos? Resposta dos Espíritos: Depende. Se você fez o mal com o desejo de fazê-lo, no primeiro momento se envergonhará de o ter feito. Para o justo é bem diferente; ele se sente como que aliviado de um grande peso, pois não teme nenhum olhar investigador. (Vemos que o alívio refere-se ao “peso da matéria”).  

Questão 160O Espírito encontra imediatamente aqueles que ele conheceu sobre a Terra, que morreram antes dele? Resposta dos Espíritos: Sim, segundo a afeição que por eles tinha e a que tinham por ele. Frequentemente, eles o vêm receber em sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a libertar-se dos laços que o prendiam à matéria. Reencontra, também, muitos que havia perdido de vista em sua permanência sobre a Terra. Vê aqueles que estão na erraticidade (fora da vida material), vê os encarnados e os vai visitar (quando possível).

Q. 161Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não estão enfraquecidos pela idade ou por doenças, a separação da alma e a cessação da vida ocorrem simultaneamente? Resposta: Geralmente é assim, mas em todos os casos o instante que os separa é muito curto. (Esse “muito curto” não quer dizer o mesmo para todos, já que muitos mantêm-se ligados aos despojos físicos, como se ainda não tivessem realmente morrido).

Q. 162Após uma decapitação, por exemplo, o homem conserva por alguns instantes a consciência dele mesmo? Resposta: Frequentemente, ele a conserva por alguns minutos, até que a vida orgânica esteja completamente extinta. Contudo, muitas vezes a expectativa da morte o faz perder essa consciência antes do momento do suplício.
Kardec comenta: Trata-se aqui da consciência que o supliciado pode ter de si mesmo, como homem e por intermédio dos órgãos, e não como Espírito. Se não perdeu essa consciência antes do suplício, pode conservá-la alguns instantes, que são breves, e que cessa com a vida orgânica do cérebro, o que não significa que o perispírito esteja inteiramente desligado do corpo. Ao contrário, em todas as mortes violentas, quando esta não é resultado do desgaste natural, os laços que prendem o corpo ao Espírito são mais fortes e o desligamento completo é bem mais lento. (Cada caso é um caso). Continuaremos no próximo número.
     LEITURA ESPÍRITA: Se você deseja empréstimo gratuito de bons livros Espíritas, procure a Biblioteca da AME, na Rua Paulo Freitas, 312-Fábricas. Saiba detalhes pelo telefone: 3371-8077, da Livraria Espírita Portal de Luz.

        O LIVRO DOS MÉDIUNS
Como sabemos, essa obra é um verdadeiro tratado sobre a Mediunidade, uma faculdade inerente ao ser humano. Segundo o seu capítulo 14, todos nós somos médiuns, ou seja, todos nós podemos perceber os Espíritos (desencarnados ou não) pela visão, pela audição ou pela intuição. Na verdade, eles estão ao nosso redor o tempo todo: seja para ajudar, seja para perturbar (os chamados obsessores). Os desencarnados são aquela “nuvem de testemunhas” de que nos falou o apóstolo Paulo em seus escritos. Agora, uma pequena gota dessa obra:

No capítulo 2 da primeira parte, a respeito do “sobrenatural”, temos o seguinte no item 13: “O Espiritismo não aceita todos os fatos considerados maravilhosos. Longe disso, demonstra a impossibilidade de muitos deles e o ridículo de algumas crenças que constituem, propriamente falando, a superstição. É verdade que entre os fatos por ele admitidos há coisas que, para os incrédulos, são inegavelmente do maravilhoso, o que vale dizer da superstição. Que seja. Mas, pelo menos, que limitem a eles a discussão, pois em relação aos outros nada têm que dizer e pregarão no deserto. Criticando o que o próprio Espiritismo refuta, demonstram ignorar o assunto e argumentam em vão. Mas até onde vai a crença do Espiritismo? – perguntarão. Leiam e observem que saberão. A aquisição de qualquer ciência exige tempo e estudo. Ora, o Espiritismo, que toca nas mais graves questões da Filosofia, em todos os setores da ordem social, que abrange ao mesmo tempo o homem físico e o homem moral, é em si mesmo toda uma ciência, toda uma filosofia, que não podem ser adquiridas em apenas algumas horas. Há tanta infantilidade em ver todo o Espiritismo numa mesa girante como em ver  toda a Física em algumas experiências infantis. Para quem não quiser ficar na superfície, não são horas, mas meses e anos que terá de gastar para sondar todos os seus arcanos. Que se julgue, diante disso, o grau de conhecimento e o valor da opinião dos que se arrogam o direito de julgar porque viram uma ou duas experiências, quase sempre realizadas como distração ou passatempo. Dirão que não tiveram tempo suficiente para esse estudo, mas, quando não se tem tempo para apreciar uma coisa, não se pode falar dela, e menos ainda julgá-la”.

O “CVV” – Valorizando a Vida. A Associação Luz da Vida comunica que o trabalho de promoção à Vida e prevenção do suicídio deixou de acontecer via telefone e agora se dá através de um contato mais direto com as pessoas. Para dúvidas e consultas, o telefone é 3371 4000. Se precisar, ligue!
O EVANGELHO DO AMOR

Reservamos esta coluna  para uma passagem de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, a visão Espírita dos ensinamentos de Jesus, o nosso modelo e guia da Humanidade. Relembramos que essa obra não é a “bíblia” do Espiritismo, como muitos pensam. O que nós retiramos da Bíblia conhecida é o que está contido no Novo Testamento, que trata da vida de Jesus e seus ensinos para a humanidade terrestre.

Escolhemos para este número da Folha o item 25 do capítulo n. 4 da citada obra, que nos fala da necessidade da ENCARNAÇÃO dos Espíritos. Inicia-se com a pergunta feita ao Espírito São Luiz: “A encarnação é um casto e somente Espíritos culpados estão sujeito a ela?” Ao que se obteve a resposta:

A passagem do Espírito pela vida corporal é necessária para que ele possa cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhe confia. A bem dele mesmo ela é necessária, visto que a atividade que se obriga a exercer o auxilia no desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo e bom, Deus distribui tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder (livre-arbítrio). Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça.

Mas a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa imposta pelo Criador quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede, retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação. E é aí que ela se torna como que um “castigo”.

Ao final, Kardec coloca uma nota dizendo que, por comparação, a vida do Espírito imortal seria como a do aluno que, para chegar ao nível mais elevado de sua instrução, precisa passar primeiro pelas classes iniciais (seriam as vidas em planetas inferiores). Ninguém nasce e já é um “doutor”; tudo é evolução.

PARA PENSAR:  Jamais lute com aquilo que não está presente”. (Essa frase, do escritor americano Hugh Prather, nos mostra a importância do combate que  devemos sempre fazer à ANSIEDADE, procurando viver uma coisa de cada vez, sem correrias ou atropelos. Ou seja: não estando diante de mim, não deve ser minha ocupação naquele momento).
SUGESTÃO DE LEITURA

Uma sugestão que nós não nos cansamos de dar aos amigos leitores desta Folha é a da leitura das obras do Espírito André Luiz, psicografadas pelo inesquecível médium Chico Xavier, desde o final dos anos 30 do século passado. São obras com temas muito atuais, apesar do tempo transcorrido de sua publicação. Vale a pena conhecer os 16 livros lançados por André Luiz através do bom e velho Chico, o “Homem-Amor”.

Um desses trabalhos é Obreiros da Vida Eterna, em que o autor nos reporta fatos vivenciados no mundo espiritual (geralmente na colônia Nosso Lar) e nos permite reflexões a respeito do que nos espera, mas sempre deixando claro que nós, aqui e agora, estamos preparando o nosso lugar na vida futura (que é a vida do Espírito imortal, fora da matéria).

No capítulo 4 desse livro, André fala sobre a Casa Transitória de Fabiano, uma instituição localizada no lugar que ele chamou de Umbral (região de passagem, intermediária entre os mundos físico e espiritual). Ele e outros companheiros ali se encontravam fazendo um trabalho de assistência aos necessitados. Nesse ambiente eu conheceu o Espírito Gotuzo, que ali estava em processo de recuperação de vários desequilíbrios, principalmente de ordem familiar. Contava ele a André: “achava que, após a morte do corpo, nada mais teria a fazer, além de cantar no céu, ou ranger os dentes no inferno, mas a situação é extremamente diversa... Penetrando o portão do sepulcro e me sentindo na corte dos santos, voltei, copiando perigosas atitudes dos sonâmbulos, para interpretar o sacerdote que me encomendar o cadáver às estações celestes. Incompreendido e cego, peregrinei por muito tempo, entre a aflição e a demência, nas criações mentais enganadoras que trouxera do mundo físico. Entretanto, gastei anos para tornar ao equilíbrio indispensável, condição única em que podemos compreender o auxílio recebido dos amigos espirituais.”
Por essa pequena amostra, podemos ver que muitos desencarnados levam enorme tempo a perambular perdidos por regiões nada agradáveis até serem devidamente socorridos por Espíritos trabalhadores do Mundo Espiritual e levados para casas como aquela mencionada acima. O importante saber é que ninguém está abandonado: todos temos seres simpáticos a nós que já vivem no mundo dos Espíritos e pedem a Deus por nós (quando somos incapazes de orar e pedir por conta própria). Assim, vigiemos e não deixemos de vibrar no Bem do planeta, a fim de conseguirmos melhores condições futuras.

Fica, então, mais uma vez, a nossa sugestão para sua leitura da coleção de André Luiz, que você encontra nas livrarias Espíritas e nas bibliotecas dos Centros Espíritas de São João e região. Boa leitura!
PINGA FOGO COM CHICO XAVIER

Conforme prometemos na última edição desta Folha, voltamos a apresentar questões propostas ao médium Chico Xavier, quando de sua participação em programas da antiga TV Tupi, nos anos 70. O livro com o título acima foi organizado pelo jornalista Saulo Gomes, que participou pessoalmente dos debates. Acompanhe nossa adaptação:

Pergunta ao Chico: O que o senhor chama de “psicografia” não seria apenas a escrita automática das suas lembranças de leitura? Ou seja, será que são Espíritos mesmo que escrevem por suas mãos?
Resposta: Antigamente eu me sentia às vezes ressentido, na minha ignorância, com aqueles que não conseguiam crer na realidade mediúnica. Isso há muitos anos, pois meu instrutor Emmanuel disse-me certa vez: “seu ressentimento é filho da pura vaidade; você não pode exigir que os outros venham a crer naquilo que você crê; você não pode pedir a outrem que pense pela cartilha dos seus pensamentos. Você deve se preparar para ouvir as opiniões mais díspares em torno da mediunidade porque cada Espírito na Terra tem tarefa determinada”. Então, respeito a opinião de todos os que pensam como o senhor, mas não posso crer que seja assim, pois isso se tornou tão evidente e palpável na minha vida (a comunicação dos Espíritos), durante tantos anos, que a vida com os Espíritos desencarnados já não é propriamente um fenômeno mediúnico, mas um estado de convivência. Se eu disser que esses livros pertencem a mim, estarei cometendo uma fraude muito grave, e eu não quero responder por isso quando partir deste mundo.

Pergunta: Qual a sua opinião sobre a CREMAÇÃO? Resposta do Chico: Já ouvi de Emmanuel algo a respeito, dizendo ele ser legítima a cremação para todos que a desejem após a desencarnação. Entretanto, é necessário que se aguarde pelo menos 72 horas para iniciar o processo crematório. Essa recomendação não é exclusiva dos Espíritas. Outras doutrinas espiritualistas também orientam nesse sentido de que o corpo seja mantido em condições adequadas durante três dias ou mais, para que se processe o desligamento do Espírito em relação ao envoltório carnal, evitando-se traumas desnecessários.

Para terminar, vamos resumir uma pergunta e uma resposta sobre reencarnação. Um pastor evangélico queria que Chico explicasse a reencarnação partindo do casal mitológico Adão e Eva, com seus filhos Caim e Abel. Queria saber como poderia haver reencarnação... E Chico, sem ofender, disse-lhe que Caim, após matar Abel foi-se embora para a cidade de Node, onde se casou e teve muitos filhos. Fica a pergunta: de onde teria vindo a esposa de Caim e sua prole? Na verdade, sendo o Gênesis um livro todo simbólico, TODOS eram seres reencarnados na Terra.
REFLETINDO: “Debaixo das minhas reações habituais está a tranquilidade do meu coração. Debaixo do caos do mundo está a plenitude da paz”. (Ou seja: busque o Reino de Deus em seu coração, pois o demais lhe será acrescentado).

VIVER, SUBLIME DESAFIO

A vida é bênção divina para todos nós. Oportunidade de crescimento, descoberta e realização. Enquanto muitos se debatem diante de questões antigas como: de onde vim, quem sou eu e para onde vou?, num eterno conflito, o Espiritismo esclarece que cada existência, cada encarnação é uma valiosa experiência para nosso progresso espiritual.
Segundo palavras da mentora do médium Divaldo Franco, Joanna de Angelis, “viver é um desafio sublime e realizá-lo com sabedoria é uma bem-aventurança que se encontra à disposição de todo aquele que se resolve decididamente por avançar, auto-superar-se e alcançar a comunhão com Deus”.
Se fomos criados simples e ignorantes, na expressão dos Espíritos a Allan Kardec, não podemos perder de vista o enorme progresso que se descortina para nós, na caminhada das muitas vidas que tivemos e ainda teremos no futuro...
Somos hoje como a semente humilde e nobre que germinará um dia, transformando-se em enorme e frondosa árvore, para dar sombra, alimento e proteção a quantos dela precisarem.
Assim é a nossa Vida por aqui: caminhada, aprendizados, desafios e decepções, mas muitas vitórias também...
Lembremo-nos de que todos nós começamos no átomo e chegaremos ao arcanjo pelo processo da evolução, que é uma lei natural inquestionável.
Vivamos, portanto, com intensidade e boa vontade, usando a inteligência para fazer o bem de forma incondicional e o coração para  acolher o semelhante em seus momentos de necessidade.

RECADO FINAL DESTA EDIÇÃO:
Nos últimos anos temos ouvido com muita frequência os termos “depressão”, “ansiedade” e “síndrome do pânico”, com suas consequências desastrosas sobre a vida das pessoas. O que estará acontecendo com os seres humanos? Há muitas respostas possíveis, mas escolhemos esta: precisamos urgentemente voltar à vida de simplicidade e pouca pressa; viver um dia de cada vez, somente encarando aquilo que está à nossa frente, pois o resto pode esperar. Pense nisso e tenha serenidade sempre!

             Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2000 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8814-4774 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br