NOSSO EDITORIAL:
ESTUDO E UNIDADE
Qualquer doutrina que se preze deve ser, antes de
tudo, compreendida e estudada por seus simpatizantes, a fim de alcançar novos
seguidores e assim crescer. Para ser um bom católico, deve-se estudar a
Doutrina Católica, compreender sua postura etc; para ser um bom evangélico,
necessário conhecer os princípios que regem a sua fé, e assim por diante...
Imagine um filósofo que nada saiba de Filosofia...
O
mesmo acontece com a Doutrina Espírita,
que é, na sua essência, um conjunto de princípios que nos levam a compreender
as relações da vida material com a espiritual. Nesse estudo, passamos
inevitavelmente pelas seguintes noções:
DEUS como Inteligência Suprema do Universo; a imortalidade da alma (ou
Espírito); a certeza da reencarnação como prova da divina justiça; a realidade
da mediunidade (para facilitar as comunicações entre os dois mundos) e as leis
naturais, que são também divinas, começando pela lei de causa e efeito (ou ação
e reação). Cada item desse renderia, como já rendeu, vários e vários livros
para desenvolver os temas.
Assim, claro está que o estudo
regular é a melhor maneira de nos aprofundarmos na doutrina
filosófico-religiosa que abraçamos, independente de qual seja. Tratando-se de Espiritismo, que é o nosso foco, não
bastam leituras esparsas e desordenadas para alguém se dizer Espírita. Muito menos a simples
participação em reuniões públicas que acontecem
nos Centros e Grupos Espíritas espalhados pelo país (e pelo mundo
também). Isso não é o suficiente.
Pessoas existem que frequentam
centros Espíritas há anos, regularmente, mas ainda são capazes de usar termos e
expressões que não condizem com a linguagem Espírita, como “castigo de Deus”;
“Espiritismo de mesa”; “Deus quis assim”; “pecado mortal”; “Satanás tem poder”
etc. Por ora, falta-nos espaço para
comentar além, mas vamos esclarecendo aos poucos o nosso leitor.
Realmente, é preciso ir além, pela compreensão
racional da Doutrina, esquecendo os “dogmas”, pois o conhecimento abre
perspectivas novas e prepara a criatura humana para que ela própria saiba
corrigir-se e reveja o que necessita ser modificado em sua vida diária. Em duas
palavras, o maior ideal Espírita é: REFORMA
INTERIOR. (Na verdade, toda religião
séria precisa considerar essa realidade). Faça bom proveito desta Folha!
PROGRAMA DE RÁDIO – Ouça aos domingos, de 8h25 às 9h, o programa “Em busca da
Serenidade” na Rádio São João. Três grupos Espíritas se revezam na
apresentação. Confira: você vai gostar. Todo domingo, às 8h25min, na Rádio São
João.
“ISSO TAMBÉM
PASSA”
Se você já
conhece, não custa relembrar essa passagem da virtuosa vida do médium Chico Xavier (1910-2002). Conta-se que
ele andava às voltas com uma série de problemas familiares e de saúde, comuns a
todos os mortais. Entretanto, ele estava sofrendo muito, pois sempre foi uma
pessoa muito sensível.
Num momento de
prece, rogou ao iluminado Espírito
Maria, mãe de Jesus, uma palavra de consolo que lhe desse algum conforto
espiritual naquela situação difícil. E nesse momento, ouviu claramente a rápida
mensagem, mais ou menos nestes termos: “Não se angustie, meu filho; isso também
passará”.
Ou seja, ela
quis dizer ao Chico que tudo nesta vida é passageiro e efêmero, por isso não
vale a pena nós sofrermos em demasia por quaisquer dificuldades, pois elas
terão um fim. Se os bons momentos passam, os maus e as dificuldades também
passarão. Basta-nos manter a paciência e nunca esquecer de recorrer ao socorro da prece, que é um ótimo alívio
para todos os males (do corpo e da alma).
Portanto,
caro(a) leitor(a), pense nisso quando estiver vivendo uma dificuldade que lhe
pareça de impossível solução, pois “ela também passará”.
VIVER O
PRESENTE: “O segredo da saúde mental
está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro nem se
adiantar aos problemas, mas VIVER sábia e seriamente o PRESENTE. (Atribuído ao
Bhuda).
Afinal, “todos estamos de visita neste momento e
lugar. Só estamos de passagem. Viemos observar, aprender, crescer, AMAR e
voltar para casa” (O Mundo Espiritual é nossa casa...)
ESPIRITISMO PELA INTERNET:
Você pode conhecer a Doutrina Espírita via internet. Há muitas páginas sobre o
assunto na grande rede. Sugerimos, além do blog
da nossa Sociedade, que é socespiritasaojoanense.blogspot.com, os
seguintes
O LIVRO DOS
ESPÍRITOS
Damos sequência à exposição das perguntas, respostas e
comentários contidos na obra fundamental da Doutrina Espírita. Grifos e textos
entre parênteses são comentários nossos.
No último número terminamos a questão 176-b. Seguimos:
Questão 177 – Para alcançar a
perfeição e o bem supremo, objetivo final de todos os homens, o Espírito deve
passar por todos os mundos que existem no Universo? Resposta: Não, pois há
muitos mundos que estão no mesmo nível e onde o Espírito não aprenderia nada de
novo.
Q. 177-a – Como se explica, nesse caso, a pluralidade de suas
existências sobre um mesmo globo? Resposta:
Ele pode se encontrar aí cada vez em posições bem diferentes, que são
outras tantas ocasiões de adquirir experiência.
Q. 178 – Os Espíritos podem reviver corporalmente num mundo
relativamente inferior àquele em que já viveram? Resposta: Sim, quando devem
cumprir uma missão para ajudar o progresso e, nesse caso, aceitam com alegria
as tribulações dessa existência, visto que lhes fornecem um meio de progredir
(O Espírito, quanto mais elevado, mais deseja e faz o bem àqueles que lutam e
sofrem nos mundos menos felizes).
Q. 178-a – Isso não pode ocorrer por expiação e Deus não pode enviar os
Espíritos rebeldes para mundos inferiores? Resposta: Os Espíritos podem permanecer
estacionários, mas não retrogradam; a sua punição, pois, é a de não avançar e
de recomeçar as existências mal empregadas num meio conveniente à sua natureza.
(Podemos até voltar a mundos menos felizes, mas somente em missão. Somente recomeçam aqueles que
falharam em suas provas, entretanto não perdem o bem alcançado).
Q. 179 – Os seres que habitam cada mundo alcançaram um
mesmo grau de perfeição? Resposta: Não, é como ocorre sobre a Terra: existem os mais e os menos
avançados. (Veja que na mesma faixa evolutiva dos Espíritos existem pequenas
variações).
Q. 180 – Passando deste mundo para outro, o Espírito
conserva a inteligência que tinha aqui? Resposta: Sem
dúvida que sim. A inteligência não se perde, mas ele pode não dispor dos meios
para manifestá-la, dependendo isso da sua superioridade e das condições do
corpo que tomar. (É o caso de alguém que renasça com a síndrome de Down, por
exemplo. O Espírito não perde a inteligência que já adquiriu, mas não consegue
utilizá-la na vida de encarnado, por questões de equívocos passados).
Q. 181 –
Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes ao
nosso? Resposta: Sem dúvida, eles têm
corpos, pois é preciso que o Espírito esteja revestido de matéria para poder
agir sobre a matéria. Esse envoltório é mais ou menos material e grosseiro
conforme o grau de pureza que já alcançaram. (Continuaremos no próximo número.)
LEITURA ESPÍRITA:
Se você deseja empréstimo gratuito de bons livros Espíritas, procure
as Bibliotecas da AME e dos Centros Espíritas espalhados pela cidade e região.
A Biblioteca da AME fica na Rua Paulo
Freitas, 312-Fábricas. Saiba detalhes pelo telefone: 3371-8077, da Livraria Espírita Portal de Luz. Fale com a Déborah.
ESPAÇO DO ESPERANTO
(Material enviado por Jáder R. Silva)
Colocamos abaixo um pequeno
trecho em Esperanto, a língua universal, para incentivar os leitores da Folha a
conhecerem essa língua, criada por
Zamenhoff. É o trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 9, item
7. Em Português, o título é “A
Paciência”. Confira no original e veja que vale a pena conhecer uma língua
nova, principalmente o ESPERANTO.
LA PACIENCO - La doloro estas beno,
kiun Dio sendas al Siaj elektitoj; ne afliktiĝu do, kiam vi suferas, sed
kontraŭe, laŭdu la ĉiopovan Dion, kiu markis vin per la doloro sur la tero, por
la gloro en la ĉielo.
Estu paciencaj; pacienco estas ankaŭ
karito, kaj vi devas praktiki la leĝon de karito instruita de la Kristo, la
sendito de Dio. La karito, kiu konsistas el almozo donata al la malriĉuloj,
estas la plej facila el la karitoj; sed estas alia multe pli peniga kaj sekve
multe pli merita: pardoni tiujn, kiujn
Dio metis sur nian vojon, por ke ili estu instrumentoj de niaj suferoj kaj
elprovu nian paciencon.
La vivo estas malfacila, mi tion
scias; ĝi estas kunmetita el mil neniaĵoj, kiuj estas pikoj de pingloj, sed
kiuj fine vundas; sed estas necese rigardi unuflanke la devojn trudatajn al ni,
kaj aliflanke la ricevatajn konsolojn kaj kompensojn: tiam ni vidos, ke la
benoj estas pli multenombraj ol la doloroj. La ŝarĝo ŝajnas malpli peza, kiam
oni rigardas supren, ol tiam, kiam oni klinas la frunton al la tero.
Kuraĝon, amikoj. La Kristo estas via
modelo; li suferis pli, ol iu ajn el vi, kaj li havis nenion pentindan; vi,
kontraŭe, devas elaĉeti vian pasintecon kaj fortigi vin por la estonteço. Estu
do paciencaj; estu kristanoj; tiu ĉi vorto enfermas ĉion. (Amika Spirito. Le Havre, 1862). – Tradução da FEB.
PARA
PENSAR: “O Evangelho será o remédio das Nações quando as almas
houverem experimentado a sua essência divina. Não é receituário atuando de fora
para dentro; é medicação viva, renovando
de dentro para fora. Não é demagogia religiosa, é Vida permanente. Não se
trata de plataforma verbalista, mas de transformação substancial. Eis por que o
Evangelho é a carta do mundo que glorificará a paz na Terra, depois de impressa
no coração do Homem.” (Irmão X, Espírito, pela psicografia de Chico Xavier).
CASAS
ESPÍRITAS DE SÃO JOÃO E REGIÃO: Se você ainda não conhece, mas gostaria de saber o
endereço de uma Casa Espírita (onde poderá ouvir uma palestra, estudar a
Doutrina, tomar um passe magnético etc, sem compromisso), procure a Livraria
Espírita, na R. Paulo Freitas, 312,
próxima aos Irmãos Chitarra. Ou ligue para lá, no horário comercial: 3371-8077 e fale com a Déborah, que
orientará você.
O LIVRO DOS MÉDIUNS
A Mediunidade é uma capacidade humana que a todos nós
atinge: uns mais, outros menos. Segundo Kardec explica no capítulo 14 de O
Livro dos Médiuns, “todos somos
médiuns”. Em alguns de nós, essa capacidade é mais clara, mais ostensiva;
em outros, parece ainda “dormitar”... Mas a verdade é que todos somos capazes
de perceber (de alguma forma) a presença dos Espíritos em nossa vida. Na
verdade, eles estão ao nosso redor em muitas ocasiões. E não há por que temer
sua presença, pois eles são aqueles que um dia viveram na matéria, neste
planeta ou em outros... e hoje estão nesse “mundo invisível”, que é o mundo
espiritual. Acompanhe trecho da introdução da obra:
“... Muito natural o desejo dos que se dedicam ao
Espiritismo de entrarem pessoalmente em contato com os Espíritos. Esta obra
destina-se a facilitar-lhes isso, permitindo que aproveitem os frutos de nossos
longos e laboriosos estudos. Bem equivocado andaria que julgasse que, para
tornar-se perito no assunto, bastaria aprender a por os dedos numa mesa ou
pegar um lápis para escrever.
Igualmente se enganaria quem pensasse encontrar
nesta obra uma receita infalível para fazer médiuns. Embora cada qual já traga
em si os germes das qualidades necessárias, essas qualidades se apresentam em
graus diversos, e o seu desenvolvimento depende de causas estranhas à vontade
humana. Não fazemos poetas nem pintores
ou músicos com as regras dessas artes, que servem apenas para orientar os dons
de quem possui os respectivos talentos. A finalidade desta obra é indicar os
meios de desenvolvimento da mediunidade em quem a possui, segundo as
possibilidades de cada um e, sobretudo, orientar o seu emprego de maneira
proveitosa (em favor do bem comum).
Aumenta a cada dia o número de pessoas que
se dedicam às manifestações espíritas (isso desde 1855) ou espirituais.
Orientá-las nas suas observações, apontar-lhes as dificuldades que certamente
encontrarão, ensinar-lhes a maneira de se comunicarem com os Espíritos, obtendo
boas mensagens, é o que também devemos fazer para completar o nosso trabalho. O
estudo atencioso deste livro facilitará a compreensão dos fatos a observar (que
poderiam parecer inexplicáveis). Como instrução prática, não se dirige apenas
aos médiuns, mas a todos que queiram observar os fenômenos espirituais.”
O EVANGELHO DO MESTRE
Continuando a falar de Evangelho, vamos
trazer uma mensagem contida na visão Espírita dos ensinos de Jesus, “O
Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo 5, item 25, com o título A MELANCOLIA. É uma mensagem de
esperança no porvir, deixando claro o Espírito que a ditou que nossos esforços
pela prática do Bem na vida terrena serão recompensados; e que poderemos rever
aqueles que partiram antes de nós para a Vida Espiritual. Acompanhe:
“Sabeis por que uma vaga tristeza se
apodera por vezes de vossos corações e vos faz sentir a vida tão amarga? É o
vosso Espírito, que aspira à felicidade e à liberdade, mas, ligado ao corpo que
lhe serve de prisão, se cansa em vãos esforços para escapar. E, vendo que esses
esforços são inúteis, cai no desânimo, fazendo o corpo sofrer sua influência,
com a languidez, o abatimento e uma espécie de apatia, que de vós se apoderam,
tornando-vos infelizes.”
“Acreditai no que vos digo e resisti com
energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos os
homens, mas não a busqueis neste mundo. Agora que Deus vos envia seus
Espíritos, para vos instruírem sobre a felicidade que vos está reservada,
esperai pacientemente o anjo da libertação, que vos ajudará a romper os laços
que mantêm cativo o vosso Espírito. Pensai que tendes a cumprir, durante vossa
prova na Terra, uma missão de que já não podeis duvidar, seja pelo devotamento
à família, seja no cumprimento dos diversos deveres que Deus vos confiou.”
“E se, no curso dessa prova, no
cumprimento de vossa tarefa, virdes tombarem sobre vós os cuidados, as
inquietações e os pesares, sede fortes e corajosos para os suportar.
Enfrentai-os decisivamente, pois são de curta duração e devem conduzir-vos
junto aos amigos que chorais, que se alegrarão com a vossa chegada e vos
estenderão os braços, para vos
conduzirem a um lugar onde não têm acesso as amarguras terrenas.” Pensemos nisso e sejamos mais positivos!
KARDEC
EXPLICA: Mais uma vez, lembramos a
explicação clara de Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, sobre a
Reencarnação, quando diz: “Nascer,
morrer, renascer ainda e progredir sempre – tal é a Lei.” Essa frase coloca
em evidência a realidade das vidas sucessivas às quais temos de nos sujeitar
para evoluir até Deus e, ao mesmo tempo, menciona a Lei do Progresso, que é uma
lei divina. Afinal, tudo está em evolução; como dizem os Espíritos, “do átomo
ao Arcanjo”. Leia de novo e pense a respeito...
VICTOR HUGO,
ESPÍRITA
Quando desencarnou, no
final do século XIX, o grande escritor francês Victor Hugo, por sua
popularidade e carisma, levou mais de um milhão de acompanhantes ao seu cortejo
fúnebre, na Paris de 1885. Lutador pelas causas sociais, defensor dos
oprimidos, divulgador do ensino e da educação, conheceu o Espiritismo e o vivenciou.
O grande literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente seriam
publicados após a sua morte. Um deles fala exatamente do Homem e da
Imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras, que fazemos questão de reproduzir aqui:
A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o
começo de outra. Na morte, o homem acaba e a alma começa. Que o digam esses que
atravessam a hora fúnebre, a primeira do
luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo? Eu
sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu “eu”, o meu ser.
O que constitui o meu “eu” verdadeiro irá além.
O homem é um
prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra. Coloca
o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro. Aí, olha, distingue ao
longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz. Assim é o homem. O
prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar
a eternidade à sua saída? De que o nosso corpo humano não pode ser senão um
esboço grosseiro? Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo? É por demais pesado para esta terra. A alma tem sede do absoluto e o absoluto
não é deste mundo. Os nossos olhos carnais só veem a noite. O mundo
luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser
vestida de luz. A morte é uma mudança de vestimenta. Na morte o homem
fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a
Terra, pelo peso que faz nela. A morte é
uma continuação. Para além das sombras,
estende-se o brilho da eternidade. As almas passam de uma esfera para
outra, tornam-se cada vez mais luz. Aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no Infinito. Aquele que dorme e desperta, desperta e vê
que é homem. Aquele que é vivo e morre... desperta e vê que é Espírito.
Muitos consideram que
o falecimento de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é acabar nem consumir-se, mas
libertar-se. Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assuma o
compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual.
Prossiga em sua jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que lhe
competem, pois elas serão valiosas quando você fizer a grande viagem, rumo à
madrugada clarificadora da eternidade. Que Deus nos ilumine hoje e sempre!
Esta é uma homenagem
a esse grande Espírito, que um dia esteve na Terra para aprender um pouco e
ensinar muito...
CÉU,
INFERNO, PURGATÓRIO
Toda crença religiosa ou tendência filosófica tem a
sua visão particular do que sejam o Céu (ou paraíso), o Inferno e o Purgatório.
Para a maioria delas, são lugares “físicos”, ou seja, locais onde se reúnem
aqueles que estão no mesmo nível, de bondade (Céu), maldade (Inferno) ou
“indiferença” (Purgatório). Essa visão nos parece muito pouco madura diante da
complexidade da Vida.
Assim é que, desde crianças, ouvimos falar em lugares
de bem-aventurança, outros de fogo eterno ou ainda de pacata indiferença.
Acreditar que vamos ficar eternamente na mesma situação espiritual após esta
vida na Terra seria duvidar da Justiça e da Bondade Divinas. Como Espíritas, não podemos acreditar
que nosso futuro esteja determinado infalivelmente
logo após nossa morte, não havendo novas oportunidades de resgatarmos os
equívocos cometidos. Menos ainda que teremos um “juízo final”, o que ocorreria
quando Deus quisesse, a Seu bel-prazer, “julgar os vivos e os mortos”.
As visões sobre o tema em questão variam bastante, mas
quase todas são terríveis para com aqueles que abandonam a vida física. Com
certeza, vem daí o brutal medo da morte que nós, ocidentais, ainda guardamos no
coração.
Quando o Espiritismo surgiu para o mundo como doutrina
estruturada, Allan Kardec lançou, em
1865, a obra “O Céu e o Inferno”,
que vai muito além de meros conceitos.
Ele aprofunda o tema de maneira didática e muito clara. Explica que a
obra contém o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal
para a vida espiritual, os sofrimentos e as recompensas futuras, os anjos e os
demônios, trazendo, ainda, muitos exemplos da situação real da alma (ou
Espírito) no momento da morte e após a morte. Esses exemplos são dados através
das mensagens psicografadas por médiuns da Sociedade Espírita de Paris e de
outros pontos, mostrando de modo claro o que cada um dos Espíritos comunicantes
viu e viveu após abandonar a vida na matéria.
Essa obra Kardequiana nos retira o “horror da morte”,
desde que procuremos viver como o Mestre Maior nos ensinou: amando a Deus e ao próximo como a nós
mesmos. Na próxima edição desta Folha, vamos trazer alguns exemplos dessas
mensagens de Espíritos nas mais diversas condições: desde os felizes até os
suicidas e os endurecidos de coração. Isso porque ninguém muda somente por ter
desencarnado. Portanto, aguarde e você verá... Ou adquira um exemplar da obra e
leia a sua 2ª parte. Até lá...
Expediente: FOLHA ESPÍRITA SÃO-JOANENSE. Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a
responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2000
exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada
ano). Contatos: (32)8806-7447 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br
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