quinta-feira, 1 de março de 2012

Folha Espírita São-Joanense

     "SUICÍDIO, NÃO!"

 

Esse é o título de um livreto da Federação Espírita Brasileira (FEB), que recebemos numa Casa Espírita filiada à AME. Na capa, a advertência: "Respeitemos a Vida. Você continuará a viver depois da morte. Suicídio é ilusão. Procure ajuda". (Essa ajuda pode ser a de um psicólogo, um amigo, um religioso ou mesmo uma Casa Espírita).

Como nós compartilhamos dessa opinião, dedicamos o Editorial e algumas passagens desta Folha ao tema do suicídio e sua prevenção. Sabemos que, em muitos momentos, a Vida se nos apresenta um tanto dolorosa, complicada ou mesmo "sem sentido"; entretanto, dela não podemos dispor sem sofrer graves consequências. Segundo os Espíritos que auxiliaram Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, somente a Deus assiste o direito de "tirar" a Vida, pois ela nos foi dada pela Divindade para um fim útil, ou seja, nossa evolução espiritual.

Lembramos aqui uma obra essencial da psicografia da médium Yvonne Amaral Pereira, "Memórias de um Suicida" (editada pela FEB e cuja leitura recomendamos), na qual o escritor português Camilo Castelo Branco narra suas desventuras após ter cometido esse ato. Em 1890, ao descobrir que sua cegueira era irreversível, tomou de sua arma e atirou contra a própria cabeça. Pensando que ia eliminar um problema, acabou criando outro. E sofreu muito ao ver-se num lugar sombrio, escuro, ouvindo gritos de desespero, totalmente atordoado. Conta-nos o Autor Espiritual que não tinha sossego, pois revivia aquele momento de autodestruição o tempo todo, sem cessar. Ouvia o estrondo da arma, sentia a bala penetrando seu crânio e percebia o sangue ainda quente jorrando ininterruptamente pelas têmporas, sem nada poder fazer... Até que, após pedir ajuda com fervor, viu-se resgatado por um grupo de Socorristas do Mundo Invisível e levado a tratamento numa Colônia Espiritual. Após sua cura, consegue, com a ajuda de seu orientador, ditar as páginas dessa magnífica obra à médium citada. Mostra ele no livro várias histórias  de vários personagens, tendo todos passado pelo infortúnio do suicídio.

 De qualquer forma, deixa-nos claro que o socorro não nos falta, mesmo nesses momentos mais difíceis; entretanto o sofrimento inicial é inevitável. Não queremos dizer que todos aqueles que cometem o suicídio estarão em situação semelhante, pois  realmente "cada caso é um caso". No entanto, é melhor suportar as dificuldades com coragem e lembrar que esta vida na matéria (por mais longa que seja) é passageira... e que temos de dar conta do que dela fizemos. Por isso, repetimos com veemência para todos: SUICÍDIO? NUNCA...

 

 

A VIDA É CURTA?

 

 Um simples adesivo, fixado num vidro de carro, revela uma filosofia de vida muito perigosa. Diz assim: A vida é curta; quebre algumas regras.

Precisamos analisar essa cultura do "Aproveite a vida, pois ela é curta" com bastante cautela. Percebemos que esse tipo de entendimento circula pelo mundo fazendo muitos adeptos que, por vezes, entram em armadilhas terríveis, sem perceber. Parece haver em muitas pessoas uma aversão a regras e a leis, mesmo quando essas servem apenas para regular a vida em sociedade; por isso, tão necessárias. É a repulsa à responsabilidade que ainda encontra forças em tantas mentes que teimam em não crescer.

Quebrar regras simplesmente por diversão ou por achar que a vida está muito certinha – como se fala – é atitude infantil, imatura e perigosa.

Basta, por exemplo, uma única vez, extrapolar na velocidade na condução de um automóvel para se comprometer uma vida toda. E a vida de muitas outras pessoas. Assim, não é um tipo de regra que pode ser quebrada de vez em quando.

Por que quebrar regras para se aproveitar a vida? Quem disse que, para curtir cada momento da existência com alegria, precisamos infringir leis?

Aproveitar a vida não significa fazer o que se quer, quando e onde se queira. Esta é a visão materialista, pobre e imediatista do existir.

Aproveitar a vida consiste em fazer o que se deve fazer, determinado pela consciência do ser espiritual, que sabe que está no mundo por uma razão muito especial. O ser maduro, consciente, encontra no caminho do bem, da família, do amor, sua curtição, sem precisar sair por aí quebrando regras e infringindo leis.

A vida será curta ou longa dependendo da escolha de cada um. Ela é curta para os que desperdiçam tempo na ociosidade. Longa para os que se dedicam a uma causa nobre.

A vida é curta para os que acham que a vida é uma só. Longa para os que já descobriram que o Espírito é imortal, já existia antes desta vida e continuará existindo depois. A vida é curta para quem não perdoa. A mágoa mata mais cedo. É longa para os que buscam a reconciliação, evitando a vingança destruidora. A vida é curta para quem não sorri. A depressão mata mais cedo. É longa para quem cultiva o bom humor perante as situações difíceis da existência. (Redação do Momento Espírita).

 

PROGRAMA DE RÁDIO – Ouça aos domingos, de 8h25 às 9h, o programa "Em busca da Serenidade" na Rádio São João del-Rei. Quatro grupos Espíritas se revezam na sua  apresentação. Confira: você vai gostar. Todo domingo, às 8h25min, na Rádio São João.

 

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

 

Damos sequência à exposição das perguntas, respostas e comentários de Allan Kardec na obra fundamental do Espiritismo. (Grifos e textos entre parênteses são comentários nossos). 

Questão 169 – O número de encarnações é o mesmo para todos os Espíritos? Resposta: Não; aquele que caminha depressa se poupa das provas. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito.

Questão 170 – Em que se transforma o Espírito depois da sua última encarnação? Resposta: Espírito bem-aventurado; é um Espírito puro.

(OBS: Isso não quer dizer que, atingindo um certo nível de perfeição, os Espíritos estão livres do trabalho; pelo contrário, há muito trabalho a ser feito no Universo. Jesus, por exemplo, aceitou ser chamado ao "governo espiritual" do nosso planeta Terra).

 

JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO

Q. 171- Sobre o que está baseado o dogma da reencarnação? (Entenda-se "dogma" como "princípio") Resposta: Sobre a justiça de Deus e a revelação, pois repetimos: um bom pai deixa sempre aos filhos uma porta aberta ao arrependimento. Não lhe diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade todos aqueles cujo progresso não dependeu deles mesmos? Não são todos os homens filhos de Deus? Somente entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem perdão. 

Comentário de Kardec: Todos os Espíritos tendem à perfeição e Deus lhes fornece os meios pelas provas da vida corpórea; mas, em sua justiça, lhes faculta realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira tentativa.

Não estaria de acordo com a equidade nem com a bondade de Deus castigar para sempre aqueles que encontram obstáculos ao seu progresso, independentemente de sua vontade, no próprio meio onde foram colocados. Se o destino do homem está irrevogavelmente fixado após sua morte, Deus não teria pesado as ações de todos na mesma balança e não os teria tratado com imparcialidade.

A doutrina (ou princípio) da reencarnação, isto é, aquela que admite para o homem várias existências sucessivas, é a única que responde à ideia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens colocados em uma condição moral inferior, a única que nos explica o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois que nos oferece o meio de resgatar nossos erros através de novas provas. A razão indica essa doutrina e os Espíritos no-la ensinam.

O homem tem, na reencarnação, uma esperança consoladora. Se acredita na justiça divina, não pode esperar, por toda eternidade, estar em pé de igualdade com aqueles que agiram melhor do que ele. (Ninguém está deserdado; todos têm novas chances).

         O ESPIRITISMO PELA INTERNET: Você pode conhecer a Doutrina Espírita e seu movimento através da internet, pois há muitas páginas sobre o assunto na grande rede. Além da página socespiritasaojoanense.blogspot.com, sugerimos os seguintes sítios:

             www.programatransicao.tv.br

 www.mundoespiritual.com.br

 www.radioboanova.com.br

                   www.tvmundomaior.com.br

                        www.espirito.org.br

   

          

 

O LIVRO DOS MÉDIUNS

 

 No item 281 dessa brilhante obra do Codificador Allan Kardec, publicada em 1861, temos o seguinte: "As comunicações dos Espíritos Superiores ou dos que animaram grandes personagens da Antiguidade são valiosas por seus elevados ensinamentos. Tais Espíritos atingiram um grau de perfeição que lhes permite abranger mais amplo círculo de ideias, desvendar mistérios que ultrapassam as nossas possibilidades e iniciar-nos, melhor do que outros, em certas questões. Isso não quer dizer que as comunicações de Espíritos menos elevados sejam inúteis, pois o observador sempre pode instruir-se com elas."

E segue o raciocínio para falar das utilidades da evocações de Espíritos "comuns", como nós mesmos, sem grande expressão. Nosso objetivo ao transcrever essa  breve passagem é reconhecer a importância de uma comunicação espiritual (dada por médiuns de confiança), que sempre nos ensina e consola o coração. Mas é também para falar sobre o perigo de se evocarem Espíritos atualmente, sem nenhum preparo técnico ou moral. Na verdade, não se deve evocar Espírito algum, pois, como bem disse o médium Chico Xavier, "o telefone toca de lá para cá" e não deve ser ao contrário.

É comum ouvirmos por aí alguém dizendo que fez uma "reunião doméstica" em que chamavam certos Espíritos que animaram pessoas conhecidas ou famosas. Mesmo que o objetivo seja sério, não se deve praticar esse tipo de evocação, pois não sabemos em que situação se encontra o Espírito que se pretende entrevistar. Além disso, pode um Espírito brincalhão e enganador incorporar-se ao médium da reunião e causar distúrbios de difícil solução.

Na época da Codificação da Doutrina, Kardec teve a obrigação, digamos, de evocar vários e vários Espíritos, para deles obter dados que o ajudassem a elaborar seu trabalho, desde "O Livro dos Espíritos" até "A Gênese". Quem quiser conhecer melhor as relações entre os dois mundos (material e invisível) que estude "O Livro dos Médiuns", por exemplo. Aconselhamos os leitores a jamais aceitarem convite para uma reunião doméstica desse tipo.

 

 

O EVANGELHO DO MESTRE

 

            Voltando ao tema do suicídio iniciado com nosso Editorial, trazemos para sua apreciação uma mensagem contida em "O Evangelho segundo o Espiritismo", no capítulo 5, item 16, que tem o subtítulo "O Suicídio e a Loucura". Acompanhe:

 

            "A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral. Quando homens de ciência, apoiados na autoridade do seu saber, se esforçam por provar aos que os ouvem ou leem  que estes nada têm a esperar depois da morte, não estão de fato levando-os a deduzir que, se são desgraçados, coisa melhor não lhes resta senão se matarem?  Que lhes poderiam dizer para desviá-los dessa consequência? Que compensação lhes podem oferecer? Que esperança lhes podem dar? Nenhuma, a não ser o nada. Daí se deve concluir que, se o nada é o único remédio heroico, a única perspectiva, mais vale buscá-lo  imediatamente e não mais tarde, para sofrer por menos tempo."

 

            "A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inoculou a ideia do suicídio na maioria dos que se matam, e aqueles que se fazem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda responsabilidade frente à lei divina. Com o Espiritismo, tornada impossível a dúvida, muda o aspecto da vida. O crente (aquele que crê) sabe que a existência se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o afastam muito naturalmente de pensar no suicídio. Daí vem a coragem moral".

 

            VEJA, caro leitor: O conhecimento da vida espiritual, que segue plena após esta vida física, pode nos auxiliar muito no momento da nossa própria desencarnação. A certeza da vida futura, numa outra faixa de vibração, pode ser um "freio" para nunca tentarmos contra a nossa própria vida e também para aceitarmos as dificuldades naturais da existência na Terra. O suicídio não é solução para nada; apenas acrescenta novo problema ao Espírito.

 

  CASAS ESPÍRITAS DE SÃO JOÃO E REGIÃO:  Se você não conhece e gostaria de saber o endereço de uma Casa Espírita (onde poderá ouvir uma palestra, estudar a Doutrina, tomar um passe magnético etc), procure a Livraria Espírita, na R. Paulo Freitas, 312, próxima aos Irmãos Chitarra. Ou então ligue para lá, no horário comercial: 3371-8077 e fale com a Déborah, que orientará você. 

 

 

PINGA FOGO COM CHICO XAVIER

 

Abaixo transcrevemos algumas das perguntas feitas ao médium quando de  sua participação em programas da antiga TV Tupi, nos anos 70. Acompanhe nossa adaptação:

 

Pergunta ao Chico: Sobre "censura" ao seu trabalho: se os Espíritos comunicam a você um fato que possa acontecer, ou algo de grandes proporções, você pode ser impedido de transmitir aos seus leitores?

Resposta do Chico: Há muito tempo, o Espírito Emmanuel (o mentor espiritual do Chico) me orienta dizendo que somos responsáveis pelas imagens que criamos na mente de nossos irmãos. Por isso, ele me ajuda a censurar tudo aquilo que possa vir por meu intermédio. Tem sido assim, embora essa censura não impeça o auxílio que ele e outros amigos espirituais vão dar às pessoas necessitadas de socorro. Muitas vezes, recebo a visita de poetas e escritores (desencarnados) que desejam escrever sobre vários temas, porém com pouco proveito para a Terra. Eles às vezes querem escrever, conversam e falam páginas maravilhosas, caso fossem escritas. Mas Emmanuel corrige o assunto e não permite que as páginas venham por meu intermédio, pois ele acredita que, do mundo espiritual para nós, deve vir aquilo que for construtivo, que possa nos ajudar. (Imagine o leitor quantos belos textos literários não puderam ser publicados... É uma pena não termos hoje médiuns do nível de Chico Xavier).

Pedido ao Chico:  Conte para nós o caso de seu pai, que ia "parar a roda da loteria" pra você ganhar o prêmio. Resumindo, eis a resposta do Chico: Isso foi numa época de grandes dificuldades pelas quais passamos, em 1939. Meu pai adoeceu e não podia trabalhar, gastando o que ganhava para comprar e tomar umas injeções que curassem seu reumatismo. Sabendo que os livros por mim psicografados vendiam muito bem, pediu-me para ajudá-lo. Mas eu nunca recebi qualquer dinheiro pelos livros, pois eles não me pertenciam (Chico doou todos os direitos autorais à FEB e outras instituições Espíritas). Então, meu pai me disse: já estou perto de morrer mesmo... Quando eu estiver no outro mundo, você compra bilhetes de Natal da loteria federal e eu vou "parar a roda" para você ganhar. Assim, poderá resolver nossos problemas financeiros. (Parar a roda queria dizer "escolher os números" que sairiam na loteria fazendo o sistema de sorteio parar para coincidir com os do seu bilhete). Meu pai desencarnou e até hoje eu ainda compro bilhetes da loteria na época do Natal, mas nunca acertei um prêmio sequer... (Será que seu pai esqueceu de "parar a roda"? Chico sorri e diz que os problemas financeiros já foram todos resolvidos). 

PARA REFLETIR: "A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio." (Allan Kardec, E.S.E., cap. 5)

 

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA

 

No editorial deste número da Folha, falamos de um assunto que muito nos preocupa na atualidade: o suicídio e suas consequências. Mencionamos uma obra específica sobre o assunto e queremos renovar a sugestão para a leitura da mesma. Trata-se do trabalho volumoso da médium Yvonne do Amaral Pereira intitulado "Memórias de um Suicida", editado pela FEB em 1955, com muitas reedições. A própria médium teria sido uma suicida em vida passada, pelo que muito sofreu, mas resgatou sua dívida consciencial com o enorme trabalho que prestou à mediunidade com Jesus.

O Autor Espiritual assina Camilo Cândido Botelho, mas sabemos tratar-se do escritor português Camilo Castelo Branco, que tirou a própria vida em fins do século 19 em Portugal. Assim ele começa sua narrativa:

 

Precisamente no mês de janeiro do ano da graça de 1891, fora eu surpreendido com meu aprisionamento em região do Mundo Invisível cujo desolador panorama era composto por vales profundos, a que as sombras presidiam: gargantas sinuosas e cavernas sinistras, no interior das quais uivavam, quais maltas de demônios enfurecidos, Espíritos que foram homens, dementados pela intensidade e estranheza, verdadeiramente inconcebíveis, dos sofrimentos que os martirizavam.

 

O livro contém 3 partes, somando 22 capítulos emocionantes. Muitas pessoas não conseguem chegar ao final sem verter muitas lágrimas durante a leitura dos fatos verídicos narrados. É emocionante apenas imaginar as situações vividas pelos personagens reais, mas com pseudônimos.

Fica, assim, nossa sugestão para a leitura desse importante trabalho da médium Yvonne, que desencarnou aos 84 anos, após uma vida dedicada à causa Espírita, inclusive tendo vivido em Lavras e passado uma temporada em nossa cidade.  –x-x-x-

 

LEITURA ESPÍRITA: Se você deseja empréstimo gratuito de bons livros Espíritas, procure as Bibliotecas dos Centros Espíritas da cidade e região. A da AME fica na Rua Paulo Freitas, 312-Fábricas. Saiba detalhes pelo telefone: 3371-8077, da Livraria Espírita.

 

VICTOR HUGO E SUA VIDA

 

O grande escritor francês Victor Hugo é o célebre autor do famoso romance "Os Miseráveis" e muitos outros trabalhos literários. Viveu entre 1802 e 1885, tendo conhecido o Espiritismo e dedicado boa parte de sua vida e sua fortuna aos menos favorecidos. Na visão de Kardec, Victor Hugo teria sido realmente um "homem de bem".

É dele a frase: "Escuta tua consciência antes de agir, porque a consciência é Deus presente no Homem".

Encontramos uma citação desse autor num pequeno livro que fala sobre o envelhecer com dignidade. Acompanhe:

"O inverno está sobre minha cabeça, mas a eterna primavera reside em meu coração. Quanto mais me aproximo do fim, mais claramente ouço à minha volta as sinfonias imortais dos mundos que me convidam... Por meio século, tenho escrito pensamentos em prosa, verso, história, drama, romance... Experimentei de tudo, mas sinto que não disse nem a milésima parte do que existe dentro de mim. Quando eu descer ao túmulo, poderei dizer: 'terminei meu trabalho de um dia, mas não o de uma vida inteira'".

Certamente, o escritor Victor Hugo, quando desencarnou aos 83 anos de uma existência muito produtiva, já contava com a continuidade da vida e com a reencarnação, que lhe daria a oportunidade de continuar expressando suas emoções e seu aprendizado sobre a Vida Imortal.  

 Esse grande personagem da nossa História é uma prova de que a vida vale a pena; que não podemos abrir mão da experiência na matéria para aperfeiçoarmos o Espírito que somos. Pense nisso.

 

 

"DÁ DE TI"

(Exemplo de caridade material e espiritual)

 

            Dá de ti para os homens. Não somente o paletó que não usas, o sapato que não te serve, a calça que já não vestes.

Darás tudo: o carinho, a ternura, o coração. Darás sem refletir, de modo que não te digam "obrigado", nem te devam obrigação.

Darás tudo: o carinho, a ternura e o coração. E com que espanto notarás um dia que viveste fazendo economia... de carinho, de ternura e de coração!

 

 

Expediente: Folha Espírita São-Joanense.  Órgão de divulgação do Espiritismo, sob a responsabilidade da Sociedade São-Joanense de Estudos Espíritas. Tiragem: 2.000 exemplares. Circulação trimestral (em março, junho, setembro e dezembro de cada ano). Contatos: (32)8814-4774 ou pelo e.mail mundinhoa@mgconecta.com.br

 

 

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